Autor/Postado por: VICENTE FRANCISCO FLORIO DE ANDRADE.’. M.’.M.’.I.’. Publicado em: 15/06/2019
AOS IRMÃOS APRENDIZES
Um dos fatores que distinguem o homem do resto dos seres vivos é o fato de que ele é o único que tem consciência da sua própria existência e portanto se consome em tentar explicar de onde veio, para que está vivendo e principalmente se preocupa em saber até onde vai chegar. Senão vejamos: Nós construímos, como fazem também o joão-de-barro e o castor, nós lutamos como as feras, acasalamos e cuidamos dos filhotes como todos os animais, morremos como eles, constituímos famílias como muitos macacos ou pássaros, temos as mesmas necessidades básicas de alimentação e abrigo, enfim, materialmente somos muito semelhantes a eles.
Esta busca em saber da nossa origem e de ter consciência de que estamos aqui por um motivo, levou o homem a contemplar o infinito e a buscar o seu Criador, e Nele se apoiar. Portanto a origem, o porquê da nossa existência, sempre teve em nós humanos um significado muito especial, criando toda a base da nossa consciência.
Será, portanto, que nós Maçons podemos abdicar de conhecermos as nossas origens, a nossa história, sem corrermos o risco de não saber, afinal, para que estamos aqui? Assim como a humanidade acumulou experiências através dos anos e se tornou o que é hoje, a Maçonaria é fruto de uma evolução que data de séculos e o conhecimento desta evolução e de suas tradições transmitidas nos dá o sentido pleno do que é a Maçonaria. Afinal, nos reunimos como tantas outras Associações, fazemos benemerência como tantas outras, nos protegemos mutuamente como outras tantas Sociedades. O que nos torna diferentes das demais é a consciência de que temos um passado remoto, que se confunde com a própria evolução da humanidade, com a história dos povos, com a busca da evolução e do progresso.
Do homem que abandonou a sua condição de primitivo e mudou-se da sua caverna para um abrigo por ele construído, passando pelos egípcios com suas pirâmides, pelos hebreus com o magnífico Templo de Salomão, pelos romanos e suas construções e pelos construtores Medievais, uma rica tradição de arte na construção e na arquitetura foi acumulada e transmitida, ano a ano, século a século, até desaguar em nós – Maçons Modernos.
O estudo das tradições e da história Maçônica é, a meu ver, fundamental ao Aprendiz para que se forme nele uma consciência superior, uma base que irá norteá-lo em seus passos em nossa Sublime Ordem, pois sem passado, assim como o ser humano perde a sua condição de “ único ser vivo pensante na terra ”, o Maçom perde a consciência do que representa a Maçonaria, em termos de doutrina, de Iluminação e de Sabedoria.
Não pretendo aqui, de modo, ensinar o que é a Maçonaria, nem ao menos desvendar a sua História, longe disso. Apenas faço um pequeno relato histórico para que os Irmãos Aprendizes tomem um pequeno contato com as nossas tradições e origens. Espero que isto venha a despertar a curiosidade e que busquem ler cada vez mais para melhor entender a Ordem e até para me corrigir no que por ventura eu estiver enganado. Sinto que se eu viver mais 50 anos, este tempo será insuficiente para estudar tudo o que quero saber ainda a respeito da Maçonaria, pois a sua história se confunde com a própria história da humanidade.
Grandes livros têm o poder de atrair alguns leitores, porém têm o dom de assustar muito outros. Se este pequeno resumo incitar em um Aprendiz, em apenas um, a vontade de ler mais e pesquisar sobre a Maçonaria, terei atingido o meu intento. Aos Mestres e aos Estudiosos, desde já minhas desculpas por ter “ passado por cima ” de alguns fatos ou pontos que desconheço; espero deles compreensão e críticas.
Portanto, Irmãos é isto que lhes apresento...
A PALAVRA “ MAÇOM ”
Primeiramente vamos entender o significado do termo “ Maçom ” e “ Maçonaria ”.
A palavra “ Maçom ” tem origem no termo inglês freemason, traduzido para o francês por franc-maçon, ambos tendo no português a tradução de “ pedreiro livre ”. O termo “ freemason ” tem a sua origem na Idade Média e por muitos anos a dúvida sobre o que quer dizer o termo “ free ” (livre) preocupou os estudiosos. Nicola Aslan nos socorre e nos explica que o termo pode ter dois significados – um jurídico (livre, liberto, não escravo) e outro técnico (livre para exercer o ofício por ser um técnico categorizado, pleno). Hoje, porém, o sentido técnico é mais aceito, pois descobriu-se que freemason era a contração do termo freestone mason. O Freestone mason era o talhador de pedra categorizado que cortava e talhava uma qualidade de pedra muito fina, chamada “freestone”, ao contrário do Rough Mason (pedreiro Rude, Áspero) que era o trabalhador que trabalhava as pedras grosseiras.
O Aprendiz, em Loja, já notou uma série de simbolismos ligados à Arte de construir como o Esquadro o, Compasso, a Régua, referências à trabalhos em Pedra Bruta, enfim, tudo intimamente ligado ao nome “Maçom”, Pedreio, Construtor, Edificador. Aí está nossa origem: A Moderna Maçonaria provem de antigas Associações de Pedreiros, datadas da época Medieval e talvez até antes, dependendo da forma como analisarmos a nossa história.
A MOÇONARIA PRIMITIVA
Traçar as origens da maçonaria é um trabalho realmente difícil se nos dispusermos a estabelecer datas, locais, provas históricas fundamentadas. Mas o que dizer da história do homem, que vive a mudar de datas conforme novos achados científicos. Temos períodos na própria Idade Média nos quais não existem registros escritos ou arquitetônicos, sendo assim difícil precisar a ordem cronológica dos acontecimentos.
Com a Maçonaria não poderia ser diferente. Alguns autores negam de forma contundente a existência da Maçonaria num período pré-Medieval, não aceitando como indícios da Maçonaria Primitiva fatos ligados as civilizações Hindu, Egípcia, Grega, Hebraica, Mesopotâmia e assim por diante, considerando a Maçonaria como um “produto genuinamente inglês e Medieval”. Na minha humilde opinião, a Maçonaria na sua forma de associação de pedreiros construtores teve realmente origem na Idade Média, porem é de se considerar influências anteriores, que através dos Séculos trouxeram ensinamentos e tradições até os pedreiros Medievais.
Vejamos: Desde as sociedades primitivas, o poder dos sacerdotes se sobressaía, colocando-se às vezes mesmo acima do poder dos governantes. Destas sociedades é interessante notar que a grande maioria de achados que comprova a sua existência diz respeito à descoberta de túmulos e tumbas, normalmente construídas para conter os restos de ilustres dignatários, mas que tinham como construtores os sacerdotes ou os seus comandados. Estes sacerdotes primitivos, detentores dos conhecimentos que seriam uma forma rudimentar de Ciência, desenvolveram a capacidade de construir túmulos duradouros e a prova de profanações, dando início, assim ao que viria a ser a Arte da Construção. Foram estes sacerdotes que construíram monumentos fúnebres cada vez mais marcantes, mais duráveis, quem sabe se no seu ver até eternos.
Afinal, já num período posterior da história ( mais ou menos 3.000 a.C. ), o que levaria um governador Egípcio a construir uma grande pirâmide para tê-la como tumba, senão o fato de uma ligação com a eternidade? O conceito de eternidade, de imortalidade, era dado pela religião e pelos sacerdotes, que diretamente influenciaram na sua construção. Aí está o fato que tento demonstrar ou seja, a relação direta entre a Religião Primitiva e o ato de construir.
Já no ano de 980 a. C., o Rei Salomão ordenou a construção do Templo de Jerusalém, ou templo de Salomão como ficou conhecido, porem antes da construção de tal Templo, existia na Ásia Menor uma Sociedade de Arquitetos, com a finalidade específica de construir edifícios e que se chamava Fraternidade de Artesãos Dionisianos. Tal Associação possuía muitas similaridades com o ritual Maçônico de hoje, sendo que em seus trabalhos, e para melhor administração, estavam divididos em lojas, que eram dirigidas por Mestres e vários Vigilantes. Como os Maçons, empregavam uma linguagem própria, como os nossos sinais, que permitia unir os seus membros espalhados pela Pérsia, Índia e Síria.
Esta Irmandade teria participado efetivamente da construção do Templo de Salomão, sendo que muitos citam Hiram Abi, o arquiteto do Templo, a quem Salomão encarregou de superintender os Obreiros, como pertencente a esta ordem. Estes Iniciados, após a conclusão do templo e já tendo passado muito dos seus conhecimentos aos que juntamente com eles participaram da construção, espalharam-se pelo mundo, indo empregar os seus conhecimentos e construir novas obras em vários recantos da Terra. Grande parte dos seus conhecimentos foram transmitidos de geração em geração, passando pela Idade Média, chegando até nossos dias.
Isto já revela a importância do Templo de Rei Salomão na Maçonaria atual, pois nas Lojas Maçônicas, a orientação do Templo, sua disposição e ornamentos são baseados nele.
Um fato significativo para a análise de indícios de influências mais antigas na Maçonaria pode ser encontrado no que diz respeito a uma seita judaica que aparece mais ou menos na época do nascimento de Jesus Cristo. Os judeus, àquela época, se encontravam divididos em várias seitas, que apareceram em face de disputas religiosas e políticas. Uma destas seitas eram os Essênios, que não são mencionados nem no Antigo nem no Novo Testamento, porem eram citados por vários historiadores, entre eles um judeu, falecido em 94 d.C., chamado Josefo e em grande parte confirmados em 1947 com a descoberta dos chamados “Manuscritos Do Mar Morto”. Estes manuscritos datados da época em que Jesus habitou o nosso mundo foram descobertos casualmente no deserto, mais precisamente nas cavernas de Wadi Qumram, e depois de interpretados confirmam muitas das descrições de Josefo. Quando ele descreve “ As regras da Ordem dos Essênios” nos diz que tais regras eram bastante severas e era preciso se sujeitar à elas para pertencer à Ordem. Acrescenta que para ser um deles, o candidato tinha a sua vida e a sua conduta severamente vasculhadas e se aprovado, recebia uma vestimenta branca, um avental e uma espada para o seu uso; Ordenavam-lhe que praticasse o mesmo modo de vida deles e lhe confiscavam todos os bens, que passavam a ser parte de um fundo comum. Era então chamado Noviço. A seguir viria o Grau de Aproximador e finalmente um Essênio pleno. Ainda nos narra sobre ele o historiador Josefo:
“Eram de exemplar moralidade, se esforçavam em reprimir toda paixão e toda a cólera e sempre bondosos em suas relações, eram pacíficos. Suportavam com admirável força de espírito e com um sorriso nos lábios as mais cruéis torturas, antes de violar o menor preceito religioso.”
Narrava ainda, Josefo, que eram os Essênios derivados de uma ordem mais antiga, chamada Sociedade dos Hasídeos, existente na época da construção do Templo do Rei Salomão, sendo eles responsáveis por sua ornamentação e conservação.
Outro historiador da antiguidade chamado Filo de Alexandria, que viveu por volta de 40 d.C. conta que os Essênios se desenvolveram tanto que a sua doutrina se espalhou por todo o mundo (o mundo conhecido na época), chegando a somar quatro mil membros em sua Ordem (o que era um número enorme para aqueles tempos). O mesmo autor descreve que os Essênios se estabeleceram também no Egito, reuniam-se no sétimo dia de cada semana, e cada um de seus membros ocupava o posto que lhe correspondia na associação, por ordem de rigorosa antiguidade e se posicionavam “ tendo a mão direita sobre o peito, um pouco abaixo da barba, e a esquerda mais abaixo, ao longo do corpo”.
Um outro aspecto, agora como pura especulação e desprovido de provas, conjectura que Jesus, como sabemos, é descrito nos evangelhos até os 5 anos de idade, época da sua palestra aos doutores e dali só volta a aparecer aos 30 anos, na Palestina. A especulação é justamente sobre aonde teria Ele andado nestes anos e muitos consideram que este período Ele tenha passado entre os Essênios no deserto. Em Lucas, 1:80, encontramos:
“E o menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até o dia em que devia mostrar-se a Israel” Será? Quem sabe?...
Como disse anteriormente, não pretendo discorrer longamente sobre as origens da Maçonaria, também não seria capaz disto, portanto deixo aqui registrado que o Aprendiz que se interessar pelo assunto, pode pesquisar sobre a influência da Grécia Antiga, com considerações acerca de Pitágoras, dos Mistérios Elêusis, sobre Platão e Sócrates; vale ainda concentrar a sua atenção sobre a antiga civilização da Índia e sobre a Mesopotâmia, pois em todas estas civilizações encontramos traços da Sagrada Ordem e de Iniciação e de ilustres Mistérios.
A MAÇONARIA OPERATIVA
Como não poderia deixar de ser, também é difícil precisar datas sobre quando apareceu a Maçonaria Operativa e fixarmos o final do período primitivo, o que é certo é que a partir da construção do Templo de Salomão, os artífices iniciados na Arte da Construção, saíram pelo mundo a difundir os seus conhecimento e o seu ofício. Todos nós sabemos que na época do nascimento de Cristo o mundo era dominado pelos romanos, que estenderam seus domínios até mesmo onde hoje é o Norte da Europa, tendo penetrado na atual Grã-Bretanha.
Os romanos marchavam pelo mundo impulsionado pelas suas Legiões, formidável força militar, que dentre outros aspectos difundiu a cultura romana e sua maneira de viver. Em cada Legião Romana estava incorporado um Colégio de Arquitetos, responsável por lhe dar a garantia da construção de fortificações na guerra e de erigir templos e casas nos lugares já conquistados.
Estes colégios de arquitetos, portanto, espalharam a sua sabedoria por toda a área dominada por Roma, que pode-se dizer, era todo o mundo conhecido na época.
Os Comancini, descendentes diretos dos colégios, influenciaram diretamente a região a Itália e eram organizados muito similarmente com a Moderna Maçonaria. Na França, os Corps “Etat desenvolveram-se de forma marcante, sendo influenciados pelos mestres italianos, sendo que também em solo francês desenvolveu-se a Campagnonnage, que abrigava em seu quadro, membros de muitas profissões distintas. Os Canteiros, associação de pedreiros alemães, desenvolveram-se a partir do século XII, sendo originários de outras ordens mais antigas que existiam na Alemanha. Por fim, as Guildas Inglesas, que em muito influenciaram a Maçonaria Operativa.
Os Romanos lutaram pela conquista das Ilhas Britânicas de 55a.C. até 43d.C., quando Imperador Cláudio conquistou finalmente a Ilha a despeito da enorme resistência dos antigos habitantes (entre eles os Celtas) e sem dúvida foi em solo britânico que os Collegia Fabrorum (os Colégios de Arquitetos) mais marcaram presença e ensinaram aos habitantes do lugar a sua Arte da construção e as lições dos Antigos Mistérios.
Portanto, entenda-se por Maçonaria Operativa o período onde o Maçom era o membro de uma Associação de Pedreiros e que realmente trabalhavam como tais. Tinham na Maçonaria, alem do aspecto espiritual, uma entidade que os reunia e que lhes garantia mútua ajuda. Acrescente-se que esta associação estava longe de somente se preocupar com atividades profissionais, sendo que a atividade religiosa era muito intensa. Antes do Cristianismo, cada Collegia tinha o seu Deus, sendo que após a propagação da Religião Católica, cada ofício tinha o seu Santo Padroeiro e a sua Sede era em uma Igreja ou em uma Capela.
Em 476, dá-se o fim do Império Romano, os Collegia Fabrorum se dispersaram e se espalharam pelo mundo de forma desordenada, sendo que se destituíram como entidades entre os anos 500 e 600 da nossa Era. Assim nesse período até o ano 800 existe uma época de quase desaparecimento dos indícios da nossa Ordem, sendo importante citar a construção em 532 da Catedral de Santa Sofia, magnífica obra ainda hoje admirada como importante obra Arquitetônica em Istambul e que é repleta de símbolos da Ordem.
Novo período de progresso e de Iluminação apareceu com Carlos Magno, coroado em 25 de Dezembro de 800, que tinha por ideal a construção de um grandioso Império e que para isso construiu inúmeros Mosteiros destinados não só à fé, mas como formadores de educadores, arquitetos e administradores. Para estas construções foram contactados artesões do Oriente Próximo, dando continuidade assim ás tradições da arte da Construção.
No ano de 926 subiu ao trono da Inglaterra o Rei Athelsan, que impressionado com a Arquitetura e a perfeição da construção dos trabalhadores que já eram citados como Maçons , concedeu a eles inúmeras facilidades e mesmo se fez Iniciar como membro da Ordem. Edwin, seu filho, tornou-se, alem de príncipe que era, um Mestre de Obras e um Geômetra, após passar por todas as etapas da Iniciação da Maçonaria da época.
O Príncipe Edwin foi eleito Grão Mestre ao se fundar em York a primeira Grande-Loja, no ano de 926, quando foram apresentados todos os documentos existentes sobre a Ordem, em Latim, Grego, Francês e outros idiomas, baseados nos quais se formou os Regulamentos e Ordenações daquela Grande Loja.
O Príncipe Edwin, ainda a conselho do pai, escolheu três símbolos, como elementos básicos da Ordem: um Esquadro em ouro, um Compasso de prata com ponta em ouro e uma Trolha de prata, símbolos que permanecem até hoje, excetuando-se os materiais de sua confecção.
Daí por diante a Maçonaria operativa tomou um impulso enorme, principalmente com a construção das grandes Catedrais que proliferavam na Europa. Somente na França, em três Séculos, de 1050 a 1350, foram construídas nada menos que oitenta catedrais, quinhentas Igrejas e milhares de Igrejas Paroquiais.
É nesse período Medieval que surge uma Ordem que tem inegável influência na Maçonaria: a dos Cavaleiros Templários. Também quanto ao nível desta influência, vários historiadores Maçônicos discordam, chegando alguns a creditar-lhes uma importância maior do que a atribuída aos Colégios de Arquitetos Romanos. Esta Ordem foi fundada em 1118 por Hugo de Payns e tinha por objetivo proteger os peregrinos cristãos que se dirigiam à Jerusalém, em poder dos árabes Otomanos. Conta a história (ou a Lenda segundo outros) que ao chegarem à Jerusalém, os Templários foram bem recebidos pelo Rei Balduino II, que os franqueou a cidade. Nas fundações do então já destruído Templo de Salomão um cofre foi encontrado tendo os Cavaleiros Templários se apoderado do manuscrito nele contido.Tal manuscrito continha as diretrizes da construção do Templo e descrevia minuciosamente os segredos arquitetônicos empregados na obra. Sem dúvida, foram eles os primeiros a perceber a incrível semelhança na Arquitetura dos templos Orientais Muçulmanos com as catedrais Católicas (piso, colunas, relações de medidas, etc.) o que os despertou para a existência de uma Grande Arquitetura, que influenciara a criação dos templos do Ocidente e do Oriente, até então dois mundos quase que distintos.
A Ordem dos Templários expandiu-se e enriqueceu, sendo reconhecida por Reis e Papas, sendo que por volta de 1300 era detentora de imensa riqueza, acumulada sob a forma de terras, castelos e incontáveis tesouros, chegando a ser considerada a potência financeira mais rica da Europa. Tal opulência atraiu a atenção do Rei Felipe IV da França, que viu nos Templários uma presa rica, sendo que sob a desculpa de necessitar dos Cavaleiros Templários na França para organizar uma nova Cruzada, os atraiu para lá e os aprisionou, contando para esta traição com a ajuda do Papa Clemente V. Todos os bens da Ordem foram incorporados aos “Hospitalários”, ligados ao Estado e os seus membros foram torturados, mortos ou proscritos. Nesta época o Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários era Jacques de Molay, que após anos de prisão e tortura foi condenado a ser queimado vivo em 1314. Vale registrar o caráter vivamente marcante e simbólico que envolve a sua execução, pois quando as chamas já se acercavam de seu corpo o Grão-Mestre dos Templários exclamou em alto e bom som: “ Intimo o Rei e o Papa a comparecerem perante Deus, no prazo de um ano, para prestarem conta de seus atos!” Coincidências à parte, tanto Felipe IV, como Clemente V morreram dentro deste prazo.
Os outros membros da Ordem dos Templários foram perseguidos e procuraram abrigo na Inglaterra, onde lhes foi negado apoio oficial ou abrigo, sendo assim, muitos deles procuraram o Norte das Ilhas Britânicas – mais precisamente na Escócia – onde se espalharam em diversos clãs ali existentes. Alguns historiadores argumentam que estes Cavaleiros seriam os responsáveis pela criação do Rito Escocês. Creio haver nisto um fundamento verídico, porém mesmo os mais céticos têm de admitir estreitas relações entre a Maçonaria e os Templários, sendo que alguns autores chegam a mencionar mesmo na fundação da moderna Maçonaria na Inglaterra em 1717 a influência e até a presença de Cavaleiros Templários, herdeiros das tradições daqueles proscritos de 1311.
Mais um ponto incrivelmente polêmico, misterioso e fascinante da Nossa História.
Por outro lado, em 1356 foi criada a Companhia dos Maçons de Londres, sendo que podemos considerar o período de construção de grandes catedrais, como o período áureo da Maçonaria Operativa, sendo que Maurice Vieux nos ensina sobre este período:
“Durante três séculos, os Mestres-de-Obras vão lançar em direção ao Céu a imensa súplica materializada pelos Campanários”.
Neste período a Maçonaria contava com o apoio e a admiração de incontáveis nobres, Reis e Príncipes, que como vimos, chegaram dela fazer parte, porém já neste período é de se salientar a primeira manifestação da Igreja Católica contra a nossa Ordem, sendo que o Concílio de Rouen (do ano de 1189), em seu Cânon XXV proíbe as confrarias Maçônicas, sob a alegação de que seus componentes ao prestarem um juramento, podiam expor-se ao perjúrio. Ao que parece, as nossas diferenças com a Igreja já são antigas.
Porem a grande Idade Média acabou historicamente no século XIV e com ela encerrou-se o costume da construção das grandes Catedrais. A Idade da Fé terminara e o estilo da nova época, o Renascimento, muito mais fácil e menos dispendioso que o gótico, acabou com o monopólio dos trabalhadores de Pedra, visto o novo estilo das construções ser muito mais leve e calçado no uso de outros materiais que não as pedras e o estilo Arquitetônico muito diferente e praticamente desvinculado ao estilo anterior.
Com o paulatino desaparecimento dos Maçons Operativos, começaria uma nova fase para a Maçonaria que continuaria a sua trajetória com renovado brilho, através dos Maçons aceitos. O período de transição entre a Maçonaria Operativa e a Especulativa compreendeu todo o século XVII e terminou em 1717.
O PERÍODO DE TRANSIÇÃO
Desde os tempos da Idade Média, ao lado da Loja, funcionava uma confraria encarregada da caixa de assistência e da parte social. Já no final do século XVI, começaram a entrar para esta confraria pessoas estranhas à profissão de pedreiro e que eram denominados honorários ou aceitos. O primeiro Maçom aceito que se conhece, foi John Boswell, um proprietário de terras Escocês.
Nesta época, os costumes ditavam que todo o cidadão, excetuando-se os Nobres e os escravos, deveria fazer parte de uma corporação de profissionais, tais como, alfaiates, carpinteiros, serralheiros, etc. Desta forma, proprietários de terra, militares aposentados e da ativa, profissionais liberais, enfim, todos aqueles que não faziam parte de uma corporação específica, deveriam ser “cadastrados” numa associação reconhecida pela municipalidade. A Maçonaria aceitou-os nos seus quadros. Sendo que os “aceitos” reforçavam a caixa de assistência da corporação e gozavam de proteção necessária àqueles tempos conturbados. Sendo assim, a Maçonaria puramente operativa entrou cada vez mais em declínio, pelas razões anteriormente citadas, enquanto a Fraternidade dos Maçons Aceitos expandiu-se.
O período de 1666 (ano do grande incêndio de Londres) até 1717 (ano da fundação da Grande Loja de Londres) pode ser considerado o período de transição entre a Maçonaria Operativa e a Especulativa. Alguns autores da época narravam que a admissão na Maçonaria já era algo espalhado por toda a nação e que pessoas da mais alta condição não desdenhavam de fazer parte dessa associação.
Durante este período, a Inglaterra provou uma das piores épocas da sua história, com o destronamento da dinastia dos Stuarts, católicos, e a instalação da dinastia das casas de Orange e Hanover, protestantes. Este período foi marcado por quase dois séculos de guerras civis e religiosas, trazendo a degeneração dos costumes e levando os Ingleses a conhecer o nível de moral mais baixo de sua história.
Usemos para descrever definitivamente estas transformações um trecho do trabalho do sempre iluminado e saudoso autor maçônico Nicola Aslan intitulado Evolução Histórica e Missão da Maçonaria: “Durante o período operativo, a Freemasonry foi uma sociedade de operários especializados, os trabalhadores de pedra, reunidos em Guildas, em confrarias de mutuo socorro, em sindicatos, antes mesmo da criação do termo, para defenderem os seus interesses vitais contra patrões que pretendessem explora-los. Pugnavam principalmente pela melhoria dos salários, luta de todos os tempos: de um lado o dinheiro perdendo continuamente o valor, do outro o patrão querendo manter os mesmos salários.”
“Entretanto, a partir de 1717, a Maçonaria devia deixar a sua condição de sindicato operário, para transformar-se em clube social, do qual eram afastadas as mulheres, clube tipicamente inglês, só para homens, (only for men)”.
“A Inglaterra que durante duzentos anos se tinha exaurido em guerras civis, todas de fundo religioso, procurava a paz, para se refazer. As idéias de tolerância religiosa se faziam sentir por toda a parte e se impunham. Apesar de eclesiástico, os pró-homens da Maçonaria Especulativa procuravam dar à novel Instituição uma dinâmica e uma motivação que deixasse de lado o problema religioso...”.
Foi nesse período que nasceu na Inglaterra as “Sociedades para a Reforma da Conduta”, que visavam a restauração da honra e da Moral junto ás classes mais populares, pois a nobreza, embora ainda mais depravada e licenciosa, achava-se protegida por seus privilégios. Isto nos leva a pensar: Não teria a Maçonaria realizado a sua metamorfose em 1717 a fim de poder servir como Sociedade para a reforma da Conduta das classes superiores?
É de se frisar a grandeza da doutrina Maçônica já nesta época, pois em um período em que tudo era motivo para conflitos religiosos, a Maçonaria se lançou pela tolerância de credos, e não apoiando esta ou aquela facção buscava a fraternidade e a virtude.
Note bem, Aprendiz, pois esta questão encerra uma grande verdade sobre a Maçonaria: ela se apresenta como uma sociedade leiga e sem doutrinas religiosas e políticas definidas, cuja própria discussão proíbe em Loja, interessada apenas pelo lado moral e pelas relações de amizade e de ajuda mútua entre os seus membros. Embora as diferenças de credo nada representem nela, a Maçonaria tem em alta conta a Religião e proclama mais que ninguém a crença na Existência de Deus e na imortalidade da alma.
A MAÇONARIA ESPECULATIVA
Mas afinal, o que aconteceu de importante para a maçonaria em 1717?
Lembrem-se que até esta data as Lojas funcionavam como entidades desvinculadas umas das outras, como se fossem várias associações em separado, com os mesmos objetivos e preceitos, porem sem vínculos entre uma e outra.
No dia de São João Batista (24 de Junho) de 1717, reuniram-se em Londres representantes das três Lojas ali existentes e entre si, concordaram em funcionar sob a autoridade de um único Grão Mestre e constituiram-se em torno de uma única LOJA PRO-TEMPORE tendo nomeado ali mesmo um Grão Mestre, até conseguirem a honra de serem dirigidos por um Irmão Nobre.
Portanto esta data de 24 de Junho de 1717 marca a fundação da Grande Loja da Inglaterra e o aparecimento da Maçonaria como a conhecemos hoje. As três Lojas que se reuniram em 1717 já eram 16 em 1721, subindo a 30 em 1723. Em 1725 a Grande Loja da Inglaterra tinha sob a sua jurisdição nada menos que 64 Lojas e em 1732 o número crescia para 102. Em 1721, pela primeira vez um nobre é escolhido como Grão Mestre, o Duque de Montaigne, sendo reeleito em 1722.
A Maçonaria Inglesa passa então “a recrutar homens bons e sociáveis”, aos quais apontava como principais objetivos a fraternidade, a solidariedade humana, e o aperfeiçoamento dos indivíduos a fim de transformá-los em cidadãos responsáveis e pensadores de escol. Portanto, baniu completamente todo o debate político e religioso dentro dos Templos.
Buscava a Maçonaria de então o que deve ser a meta de todo Maçom Moderno. Visava ser local de encontro de homens de certa cultura e com inquietações intelectuais, interessados pelo humanismo, pela fraternidade acima das separações e das oposições sectárias que tanto sofrimento já trouxeram à humanidade.
Como foram levados à Grande Loja da Inglaterra todos os documentos que pudessem ser colhidos sobre usos e costumes Maçônicos anteriores, verificou-se que normas escritas, Livros de Loja e antigas Constituições, por vezes, traziam contradições na observância das regras. Para a unificação, foi confiado a James Anderson o trabalho de traçar e dirigir o plano de uma constituição que resumisse o conteúdo dos antigos documentos, levando-se em conta a mudança substancial que se operara na Ordem. Esta Constituição foi aceita em 17 de Janeiro de 1723, sendo comunicada a sua aceitação às 20 Lojas então filiadas, que a assinaram.
Esta Constituição de 1723, da Grande Loja da Inglaterra, conhecida comumente como CONSTITUIÇÃO DE ANDERSON, ainda hoje é reconhecida como legítima por todas as Potências Maçônicas Regulares, constituindo o seu suporte doutrinário, sendo seguida pelos Maçons regulares do mundo inteiro.
Neste período (século XVII), muitas Lojas progrediam fora da Inglaterra, principalmente na França e na Itália, inclusive com membros “aceitos”, ou não operativos, sendo que alguns autores citam a formação de uma Academia em Milão como uma entidade Maçônica. Se isto for verdade, muito nos engrandece, pois tal Academia contava com membros como Leonardo da Vinci, Américo Vespucio e Paulo Toscanelli, entre outros.
Na Alemanha também, Lojas proliferavam há anos de maneira aleatória, porém em 1733, o Grão Mestre da Loja da Inglaterra, concede a “onze bons Irmãos Alemães” a permissão para a instalação de uma Loja permanente em Hamburgo.
Já em Portugal, a Maçonaria iniciou-se por intermédio de imigrantes Escoceses e Irlandeses e sempre teve como característica principal a sua perseguição pela Santa Inquisição da Igreja. Tais perseguições resultaram em deformações na estrutura das Lojas portuguesas, sendo pertinente salientar até mesmo a existência de duas na região de Lisboa, uma de Católicos, outra de Protestantes, o que pelo caráter não religioso da nossa Ordem constitui por si só numa aberração. Vários membros das Lojas foram perseguidos e torturados pelos tribunais Inquisidores, que se apoiavam em uma bula papal que condenava a Maçonaria. Entre eles o caso típico de Jean Coustos, um suíço joalheiro, estabelecido em Lisboa, Venerável da Loja local, e que foi denunciado por outro joalheiro do qual era concorrente ao tribunal da Inquisição. Preso, torturado, e condenado à duras penas, foi mantido cativo até que membros da nobreza da Inglaterra soubessem do fato e interviessem em favor do Irmão. O longo braço da Maçonaria alcançou-o retirando-o das masmorras da vil Inquisição.
Com o Governo de D. José I em Portugal e com a influência do seu Ministro o Marquês de Pombal, foi suspensa a perseguição aos Maçons, embora os reis que o sucederam não poupassem a nossa Ordem.
A MAÇONARIA NO BRASIL
Só este capítulo daria um livro, e de fato já deu muitos, de maneira que deixarei aqui um minúsculo resumo do assunto.
A Maçonaria cá em nossa terra recebeu forte influência de Maçons filiados à Grande Loja da Inglaterra, como também do Grande Oriente Francês, sendo que este último se distinguia das Lojas Inglesas por uma participação mais declaradamente política. No Brasil colônia, dia pós dia agitado por ideais de Independência era natural que as Lojas aqui estabelecidas desempenhassem um caráter muito mais atuante na vida política e social. Nesse sentido os ideais das Lojas da França vieram a promover um caráter extremamente combativo e político aos Maçons Brasileiros.
A História do Brasil assinala a presença Maçônica na Inconfidência Mineira, dando Tiradentes como um Iniciado, sendo este fato não absolutamente comprovado.
Nos arquivos da Grande Loja Unida da Inglaterra encontra-se datado de 1741 uma carta de um membro da “Loja de São João de Buenos Aires” ao “Grão-Mestre da Loja de São João do Brasil” recomendando um irmão chamado Richard Lindsay, que por aqui passava com destino à Europa para tratamento de saúde. Esta é a mais antiga referência à presença da Maçonaria em terras brasileiras.
O Irmão e historiador Álvaro Palmeira escreve:
“A atividade Maçônica no Brasil começou muito antes da Independência. A Maçonaria introduziu-se no Brasil na segunda metade do Século XVIII. Surgiu em quatro Orientes, nesta ordem: Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. Eram Maçons emigrados, ou aqui iniciados, sobretudo portugueses que aportavam, ou brasileiros que retornavam à Pátria.”
Mário Verçosa, Past-GrãoMestre da Grande Loja do Estado do Amazonas e grande estudioso da Maçonaria no Brasil nos narra que de 1792 a 1822, foram instaladas 15 Lojas no Brasil, sendo todas elas no Recife, no Rio de Janeiro e em Salvador. Podemos notar que a dificuldade de se encontrar provas escritas e documentais sobre o assunto o que leva a discordância entre um autor e outro.
Nicola Aslan narra até mesmo a existência de uma Loja de São João de Bragança, que Funcionava no próprio Paço Real, sede do governo de D. João VI, e que foi fechada pelo próprio Rei quando soube da sua existência.
A Revolução Pernambucana de 1817 fez com que D. João VI editasse um alvará que passava a vigorar em Portugal e aqui, em que declarava criminosas e proibidas todas as Sociedades Secretas, de qualquer denominação, com o que esperava debelar os movimentos de Liberdade no Brasil, pondo fim portanto às atividades Maçônicas. Sendo assim, todas as Lojas Maçônicas do Brasil nesta data abateram coluna.
Porém grupos de patriotas como Gonçalves Ledo e o padre Januário Barbosa agruparam-se em uma associação aparentemente inofensiva, denominada Clube Recreativo e Cultural da Velha Guarda, dando início assim a várias reuniões não oficialmente Maçônicas. Com o advento de D. Pedro como Príncipe Regente os Maçons se reinstalaram, o que aconteceu já em 24 de Junho do mesmo ano.
Pouco tempo depois, o mesmo Gonçalves Ledo e o padre Januário Barbosa (vejam bem – Padre e também Maçom) lançavam o semanário Revérbero Constitucional Fluminense, conclamando o Príncipe Regente a proclamar a Independência, o que ajudou muito no sentido de levar a população às ruas para clamar por Liberdade. O próprio título de “Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil” dado a D. Pedro pelo Senado da Câmara e ofertado em nome da cidade do Rio de Janeiro, foi na verdade articulado e proposto em Loja, a 10 de Maio de 1822.
No Dia 13 de Julho de 1922, D. Pedro era Iniciado na Loja Maçônica Comércio e Artes, a qual, funcionando no Rito Adonhiramita, fazia com que seus membros utilizassem um codinome, tendo D. Pedro adotado o de Guatimozim. Já em 16 de Julho (três dias após iniciado) D. Pedro recebe o Grau de Mestre Maçom, sendo que 7 de Setembro daquele ano por fim éramos declarados Independentes de Portugal pelo nosso Irmão D. Pedro I.
Mesmo na mais recente história do Brasil, a Maçonaria enfrentou percalços por parte do Estado, sendo o período da Ditadura Vargas talvez o mais difícil para a Ordem. Por princípio a Maçonaria é pela Liberdade, sendo assim não pode se coadunar às ditaduras e portanto é sempre vista com desconfiança por elas, afinal, o que pode parecer mais conspiratório, aos olhos de um Ditador, do que um punhado de homens reunido à portas fechadas e protegidos por um juramento de segredo?
Cisões marcaram a nossa história Maçônica, com divergências entre Ritos, entre Potências mas sempre amparadas no sentido de cada vez mais expandir e difundir a Instituição da Maçonaria. A História que se segue no Brasil é longa até chegar aos nossos dias e toda ela é pontilhada de intervenções realizadas por Irmãos que tanto contribuíram para o nosso desenvolvimento e progresso.
Portanto, Irmãos, aqui deixo esta pequena contribuição no sentido de despertar no Aprendiz a vontade de pesquisar e de aprender. Algum Sábio já disse que a dúvida é a ante-sala da sabedoria, portanto convido-os a nela adentrar.
Não se esqueçam: assim como a força do Malho é inútil sem a ação incisiva do Cinzel, também o conhecimento da História e da Tradição Maçônica de nada adianta se o Irmão não a difundir. A frequência à Loja Maçônica é tão importante quanto o conhecimento e é também uma forma de obtê-lo.
O Equilíbrio entre o Estudo, a Frequência e a Prática levam o Aprendiz ao caminho da Verdade.
Escrita em 1 de Agosto de 1997 e revisada em 15 de Setembro de 2011.
Bibliografia: Este trabalho foi basicamente a compilação de dados de dois excelentes livros, somados à impressões acumuladas com a leitura de outras variadas obras, ao longo do alguns anos. Estes dois importantes Livros são:
♦ COMENTÁRIOS AO RITUAL DE APRENDIZ, do mestre e historiador de primeira grandeza na Maçonaria NICOLA ASLAN (Editora Maçônica);
♦ HISTÓRIA DA MAÇONARIA – Primitiva – Operativa – Especulativa, do Mestre Marcelo Linhares, do Oriente de Fortaleza (Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda).
Agradeço ao Irmão Dimaroh de Marins Peixoto Júnior.´. M.´. M.´., do Oriente de Sorocaba, e meu considerado irmão muito antes de sermos Maçons, pela dica valiosa sobre um assunto que o fascina, “Os Templários”.
Agradeço também ao Irmão Ivan Damasceno.’.M.’.M.’., Gr 33 do Oriente de Rio Verde e um dos maiores conhecedores dos assuntos da Ordem que tive o prazer de conhecer, pelo fato de ter despertado em mim o prazer em estudar mais sobre o que é a Maçonaria.
Deixo aqui registrado a minha homenagem ao Mestre Ir.’.M.’.M.’., Gr 33 Zé Rodrix, autor da Trilogia do Templo composta pelos livros: “Diário De Um Construtor Do Templo” , “Zorobabel, Reconstruindo o Templo” e “Esquin de Floyrac: O Fim Do Templo” , livros iluminados e obrigatórios a quem queira conhecer a fundo a Filosofia Maçônica. Com o pseudônimo de Z.Rodrix escreveu estas obras abertas ao mundo profano que trazem conhecimentos inestimáveis a todos os Maçons. Enquanto esteve entre nós, esse grande Irmão foi músico, compositor, jornalista, arranjador musical, pintor, publicitário, maestro, professor e literato, tendo sempre nesses segmentos uma qualidade: em todos eles era Maçom.
VICENTE FRANCISCO FLORIO DE ANDRADE.’. M.’.M.’.I.’.
Membro da Aug.´. Res.´. Benf.´. Ben.´. Loja Maçônica D. Pedro I nº 45
Or.´. de Mineiros – GO