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Autor:: Irmão Paim Publicado em 06/02/2021 por Irmão Paim Categoria: Reflexões do Dia + artigos deste irmão Na seara da vida há lavradores de toda espécie ou de toda classe. Existem aqueles que compram o campo e exploram-no, através de rendeiros ou meeiros, sem nunca tocarem o solo com as próprias mãos. Encontramos em muitos lugares os que relegam a enxada à ferrugem, cruzando os braços e imputando à chuva ou ao sol o fracasso da sementeira que não vigiam; somos defrontados por muitos que fiscalizam a plantação dos vizinhos sem qualquer atenção para com o trabalho que lhes diz respeito. Temos diversos que falam e consomem seu tempo com inutilidades mil, enquanto vermes destruidores aniquilam as flores frágeis da sua má plantação. Vemos numerosos acusando a terra de incapaz de qualquer produção, mas negando à gleba que lhes foi confiada a benção da gota d'água e o socorro do adubo. A natureza, no entanto, retribui a todos eles com o desengano, a dificuldade, a negação e o desapontamento. Mas o agricultor que realmente trabalha, cedo recolhe a graça do celeiro farto, tal qual ocorre na lavoura do espírito. Ninguém logrará o resultado excelente sem esforçar-se, conferindo à obra do bem o melhor de si mesmo. Paulo de Tarso, escrevendo numa época de senhores e escravos, não nos diz que o semeador distinguido pelo imperador ou o mais endinheirado, seria o legítimo detentor da colheita, mas asseverou, que o lavrador dedicado às próprias obrigações será o primeiro a beneficiar-se com as vantagens da boa e bem cuidada seara. Assim, a partir deste sábado, procuremos nos dedicar à boa semeadura e ao zelo do plantio, para o incessante acúmulo de frutos a garantir a alimentação terrena do corpo e a eterna glória do espírito. Pensemos nisso! Um abraçaço! |