A ACÁCIA - Irmão Antônio Luiz Morais


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Autor: (Publicado por) Michael Winetzki
Publicado em 18/06/2022 por MICHAEL WINETZKI
Categoria: Maçônicos
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Ir.'. Antonio Luiz Morais, M.'. M.'., ARLS Theobaldo Varoli Filho, n° 2699, G.'.O.'.S.'.P.'. - Brasil.

A acácia é uma árvore que possui cerca de 500 variedades distintas, todas produzem flores perfumadas brancas ou amarelas, é presente em todos os continentes, no Brasil a acácia negra é uma das riquezas do Rio Grande do Sul. Ela é Maçonicamente universal.

A acácia do Egito tem a particularidade de ser uma árvore espinhosa e autores maçônicos acreditam que a coroa de espinhos colocada na cabeça de Jesus, bem como a cruz onde foi pregado era deste tipo de acácia. Em hebraico, o termo shittah (sita - cetim) é usado para a acácia, sendo o plural shittin. No texto original grego do Novo Testamento, o termo usado é akanqwn (akanthon), que foi traduzido ao português tanto como acácia ou como acanto, e que também pode significar espinho, espinhoso, etc.

Era tratada com reverência pelos povos antigos, pois a acácia era considerada um símbolo solar, já que suas folhas se abrem com a luz do sol do amanhecer no oriente e se fecham ao desaparecer o sol no ocidente no final do dia e sua flor imita o disco radiado do sol. Era utilizada para amortalhar os defuntos em diversos países do oriente.

Sua madeira é tida como incorruptível, inatacável por predadores de qualquer espécie, simboliza perenidade, imortalidade, transcendência, etc.; a certeza da indestrutibilidade da vida, reconhecida como landmark é representado pelo ramo de acácia. Entre os árabes, seu nome é Houza e se acredita ser a origem de nossa palavra “Huzé”, o viva escocês “houzé”, que se escreve “huzza”, prova de que na Inglaterra, como na França, o grito de alegria popular tira seu nome do ramo dos iniciados.

Pela característica de imputrescibilidade (símbolo da imortalidade) da acácia, os israelitas, a começar por Moisés, a utilizam na construção dos elementos mais sagrados (Arca, Mesa, Altar).

“Também farão a arca de madeira de cetim (acácia)...” Êxodo 25:10

“Também farás uma mesa (a mesa dos pães da proposição) de madeira de cetim (acácia)...” Êxodo 25:23

“Farás também as tábuas para o tabernáculo de madeira de cetim (acácia)...” Êxodo 26:15

“Farás também o altar de madeira de cetim (acácia)...” Êxodo 27:1

Abel-Sitim no hebraico significa Vale das Acácias, Bete-Sita no hebraico significa Lugar da Acácia. A acácia simbolicamente representa a alma ou o espírito emanado de Deus, nosso Eu Superior, o Rei que É Majestade no nosso templo interior.

O grego “akakia” também é usado para definir qualidade moral, inocência ou pureza de vida.

A Maçonaria tem incorporado nos seus Rituais a Robinia ou Robinier, mais conhecida como falsa acácia, mas qualquer variedade que for usada não tira em absoluto o valor imbólico do Ritual que a Ordem lhe atribui assim: Inocência = nascimento, Iniciação = conhecimento de si mesmo e Imortalidade = a ligação do Finito com o Infinito “DEUS”, isto é, os três I. I. I. ou o número 3, e ainda por suas flores simboliza beleza, pureza e sobretudo a irradiação de luz.

Acácia é a árvore da vida. Suas flores cegam, suas sementes matam e suas raízes curam. A semente é o veneno e a raiz o antídoto. “Akakia” significa a inocência, a ingenuidade, como o prefixo a indica negação, Kakia será o vício, a desonra, a disposição para o mal. Portanto, Akakia significa ao mesmo tempo acácia e inocência, ela é o antídoto do vício e da disposição para o mal; por suas virtudes ela protege o homem.

Tenho em meu humilde entendimento que: Jesus, que simboliza o templo vivo, humano, o ego ou eu inferior, foi coroado com a acácia que representa os espinhos de fora para dentro, como as provas na vida, as dores e sofrimentos são as oportunidades de purificação; e os espinhos de dentro para fora, como nossas armas de defesa e proteção, ou seja, nossas ferramentas, ou melhor, talentos que possuímos para cumprir nossa missão de construir um templo sólido e justo (a cor verde das folhas, símbolo da esperança de realização), o corpo físico, profano, para que seja realizada a instalação do Cristo interior, o Eu Superior, a Luz Interna (a cor amarela das flores agrupadas em espigas ou capítulos, símbolo da beleza irradiante, a realização), tornar-se uno com o Pai, e perfeito.

A acácia, como símbolo da feminilidade, tem por representação Maria Madalena, a prostituta servindo a muitos senhores, ou seja, o dinheiro, a luxúria, a vaidade, a promiscuidade, os vícios em geral, o orgulho, a soberba, etc., vivendo nas trevas da ignorância, subjugada pelas paixões do eu inferior ou ego, ao receber a Luz = contato com Cristo, iniciação, pelo perdão no julgamento “atire a primeira pedra quem estiver sem pecado” João 8:7. “Vá e não peques mais” João 8:11.

Constato em Lucas 7:36 a 50, a correlação das lágrimas = espinhos = sal = terra = matéria = ego = justiça, utilizadas para lavar os pés = semente = raiz para uma nova vida, de Jesus, transformada pela iniciação ou exaltação = cabelos = coroa que enxuga os pés (curvar-se = mergulho ou batismo = introjetar-se) em ato de renascimento pela instalação do único Senhor, o Eu Superior = Cristo = o Perfeito no comando de sua vida.

Assim posso dizer com fé, amor e plena consciência: “Mais radiante que o sol, mais puro que a neve, mais sutil que o éter é o EU, o Espírito dentro de meu coração, eu sou esse EU, esse EU sou eu”.

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Bibliografia:

Ritual de Mestre - R.E.A.A.

Bíblia Sagrada, traduzida por João Ferreira de Almeida

A Simbólica Maçônica – Jules Boucher

Grau do Mestre Maçom e Seus Mistérios – Esta é a Maçonaria - Jorge Adoum.

Fonte: www.michaelwinetzki.com.br




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